quarta-feira, 22 de agosto de 2012

É falta! ...só se for de tomátx!

Inexplicavelmente fiel Leitor,

Venho hoje abordar um tema controverso (não é controverso, as pessoas é que insistem em não concordar comigo): O futebol e as faltas.

Sou extremamente racional e portanto começo já por admitir que este meu ódio pelo futebol e pelas suas mariquíces tem por trás uma boa dose de inveja e ciúme.
Quem não teria? Cabrões dos futebolistas...:

1º - Fazem o que querem:
«Heya ò Guerra lá tas tu...achas que é fácil? Treinar todos os dias e quê..»
Encham-se de moscas! Claro que há dias em que não apetece treinar, mas de certeza que é melhor sair da cama para ir JOGAR futebol do que ir acartar baldes de brita para as obras ou lidar com burocracia infinita atrás de uma secretária.

E digo convictamente que é melhor jogar á bola do que trabalhar por estes 2 simples motivos:
1.1 - Ninguém diz «Vou JOGAR ali aos baldes de brita»... na melhor das hipóteses diz «Vou acartar táubinhas que me fo...»
1.2 - Ninguém leva para a praia 50 relatórios para preencher para se entreter com os amigos...

2º - Ganham mais num mês do que eu em 40 anos.
Claro que também não me posso queixar muito. Este blog + o meu vulgar emprego já me renderam dinheiro suficiente para passar confortavelmente o resto da vida...se morrer 3ª feira que vem.

3º - Não precisam de absolutamente mais nada para terem o que querem:
3.1 - Não precisam de fazer nada de bom para serem respeitados.
3.2 - Não precisam de perceber absolutamente de nada para fundar um negócio da moda.
3.3 - Não precisam de ser bonitos nem simpáticos nem inteligentes para ter mulheres.
3.4 - Não precisam de saber falar para serem ouvidos (e ainda escrevem o que eles dizem a negrito nos jornais!)

Bom, penso que isto basta para explicar a minha raiva miudinha pelos futebolistas. E posto isto, penso:
"Estes gajos com tanta fama e tanto respeito por parte das massas...ao menos que se comportem como homens de honra em campo!"

...mas não, mas não.
O futebol hoje em dia é uma espécie de jogo do desconfia, onde praí 80% das faltas não o são.

Fico triste de ver um homem adulto (e matulão ainda por cima) aos berros e a espernear no chão agarrado à cara e às canelas só porque outro lhe deu uma cotovelada no braço ou uma joelhada na perna.
Lembro-me perfeitamente de ver o meu primo com 5 anos a fazer isso para que a minha avó viesse e me desse um chapadão por o ter empurrado da bicicleta abaixo, e bem merecia o chapadão! E os gritos que ele mandava também eram justificados, a julgar pela carne que ás vezes deixava agarrada ao chão...

Agora aqueles cócós... ali a mendigar por uma falta?
Gajos com grandes carros, grandes físicos, grandes casas, com centenas de milhares de fãs...ali a rebolar no chão pa ver se safam um livrezito, porque chutar ca bola parada é mas fácil... valha-me santa coisa...

Se os prolongamentos correspondessem à realidade do tempo que o jogo esteve parado tínhamos aí 35 minutos de prolongamento, no mínimo.

Já caí de moto, já levei murros no focinho, já me cortei na cozinha, já me entalei em portas e gavetas, já pisei pregos, me enterrei em silvas, já parti alguns ossos, inclusivamente já entalei a pelezinha da coisa na braguilha! e nunca fiquei no chão a espernear aos gritos...pelo menos desde os 8 anos, que me lembre!

Que teatro triste...
Mas eu percebo. A culpa não é deste e daquele..é de todos e é dos maus hábitos.
Se aparecer um macho que se recuse a berrar com uma criança, mesmo que tenha 3 fracturas expostas, não ganha a falta, porque se não está aos gritos é porque não se passou nada...e pronto, mesmos os mais rijos acabam por ter de embarcar nesta novela deprimente.

Para mim a solução era simples... autorizar o 4º árbito e multas PESADAS para quem fosse apanhado nas repetições a fazer-se de vítima:
-O toque foi no braço e ele tá a queixar-se da cara? Davam-lhe 3 estoiros no focinho depois do jogo.
-Mandou-se para o chão e o outro mal lhe tocou? Pegava-se num martelo e joelhos fora, logo!
-Levou um toque, ficou estendido 30 segundos a chorar no chão e como o árbito não assinalou falta levantou-se e correu prá bola com a agilidade e frescura de um bambi na flor da idade? Era pregá-lo ao chão com 5 estacas (sim, 5...) e pôr um gordo de 600Kg a fazer pilates em cima do gajo. Com areia no meio deles, para esfolear melhor.

E pronto... já me sinto mais aliviado.
Devo ter tido uma infância perturbada.

Por Guerra, o Corrécio

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A Gaja Boa

Hoje, fiel leitor, venho esbugalhar-te os olhos com algo que nunca imaginaste!
Um texto de um colaborador!

Sr.Raposeira, meu inimigo de longa data, mandou-me este texto, que considerei apto para os teus clínicos olhos:


Gajas Boas

Antes de mais, gostaria de informar os leitores que o que será relatado após esta breve introdução está assente em ideais nobres com vista a instruir o cidadão, bem como iluminar a mente dos mais distraídos.
Estou ciente dos meus limites, daí ter a perfeita noção que apesar de tentar escrever pomposamente nesta introdução, não vou impressionar nem um mongolóide com uma trip de ácidos na bucha, assim sendo segue-se a brejeirice…

Após milhões e milhões de anos de existência humana, a história é farta em discrepâncias nos mais variados temas até aos dias de hoje. 
Existem porém duas verdades universais que são os alicerces da sociedade actual, a primeira tem tanto de belo como de indiscutível, é a primeira informação que é instruída às crianças como sendo do senso-comum, “O Benfica é o maior clube do mundo!”. Já a segunda verdade universal, a mais completa, contempla o prazer psicológico inerente na 1ª, bem como o prazer físico, falo-vos de um espécime único no universo, a comummente denominada, “Gaja Boa!”
A 2ª verdade universal, não é facilmente transcrita numa curta frase como a 1ª, até porque em tenra idade um ser humano pode ter dificuldades na sua identificação entre as demais, é com vista a esclarecer o leitor que surge este meu estudo.




Ora bem, a “Gaja Boa”, também denominada por: canhão, cavalona, mula, égua, éuga*, é um espécime feminino da raça humana com idades compreendidas entre os 18 e os 45anos, sendo facilmente reconhecida por homens com idade superior a 12anos, que sejam cidadãos e sem problemas visuais. Quanto aos restantes, vou-vos explicar como identificar uma gaja boa, ora bem “gaja boa” é uma característica física de uma pequena percentagem das mulheres, ao qual é frequentemente associado o pouco uso de tecido nos vestidos, de forma a exponenciar os atributos peitorais e a zona caudal. Se mesmo assim não fui explícito, é teres uma namorada ou amiga que te pergunta: “Para onde tás a olhar?!”, ou “Quem é aquela?!”, é porque acertaste em cheio.

A “Gaja Boa” está intimamente associada ao desenvolvimento artístico do homem, pois é um item raro, de difícil acesso à maioria da população masculina, alvo de cobiça e inveja, no entanto deverá ser o único objecto pelo qual todos os homens fomentam o pensamento artístico. O melhor exemplo para provar a minha teoria é o caso do matemático, que ao avistar uma cavalona, pensa para si próprio: “punha-te já aqui de 4!”. Com este pensamento o matemático está a juntar o conhecimento científico com a componente artística javardola, proferindo um pensamento que foi para além de tudo o que havia realizado até então.
Poderia o leitor interrogar-se quanto à veracidade e unicidade do meu pensamento lógico relatado anteriormente, pois Da Vinci foi um génio no campo das ciências e das artes e não utilizou a “gaja boa” como fonte de inspiração. Mas poderão afirmar que a grande obra-prima de Da Vinci era uma mulher, ora bem para quem acha que a Mona Lisa é um símbolo de erotismo e sensualidade, então este texto é obsoleto e ultrajante, quem pensa em tal coisa vê numa mulher com maçã-de-adão e pêlos no peito o apogeu da sensualidade feminina.

Posto isto, irei instruir o leitor com o clímax do meu estudo, assente em 25 anos de pesquisa sobre o comportamento da gaja boa e a sua influência no quotidiano masculino. Ora bem, para além de ser a razão do desenvolvimento artístico, científico e cultural do indivíduo, ela deverá ser a única coisa que leva a um consenso num debate de ideias. Imaginemos o seguinte cenário, estão dois homens sentados numa esplanada a beber uma cerveja quando senta-se na mesa ao lado uma mula bem guarnecida de tranca, um deles repara em tal artefacto e diz: “ÉH LÁ! Qué isto que anda aqui a esbracejar de volta de um gajo?!”. Obviamente que passados 0,5 segundos após aquela pergunta, os olhos do amigo depararam-se com a razão de tanta exclamação, assente e contrapõe: “Não sei quem é, mas tem aspecto de ser saltitona”. É claro que o indivíduo que despoletou o 1º comentário, satisfeito por o amigo ter retorquido com o mesmo entusiasmo continua a conversa: “Sim, aquilo deixava um gajo feito numa concertina”, ao que o amigo responde: “Exactamente!”.

Posto isto, facilmente conclui-se que nunca dois homens sentados numa esplanada a confrontar ideias chegariam a um consenso tão facilmente se não tivesse aparecido lá uma cavalona a desenquietar-lhes as hormonas e consequentemente a cabeça. Facilmente viram-se envolvidos num espírito de trabalho em equipa, uma espécie de “forças combinadas”, com vista à unificação do seu pensamento lógico.

Não queria que este meu estudo fosse considerado apenas um documento teórico, não aplicável à sociedade actual, gostaria que por exemplo na discussão do orçamento de estado fosse colocada uma euga no palanque da assembleia da república, e por lá permaneceria até à conclusão da votação. Não tenho dúvidas que a primeira conclusão da ordem de trabalhos seria: “Eu fazia com que essa mula desse um triplo mortal empranchado á retaguarda”, depois disso seria aprovado o orçamento de estado mais unânime de sempre, com a aprovação de todos os partidos políticos.
Espero que este seja o início de um grande legado.
Até breve,
Raposeira


Até breve diz ele... Pois sim, vamos ver!
O desenhinho por Guerra, o Corrécio