terça-feira, 21 de junho de 2011

A Escola...

A escola é como aquele 3º progenitor que todos tivemos, e que é um idiota.

Ou seja; Todos nós temos cerca de 33% de educação mal dada, enquanto que os outros 66% dependem da sorte que tivemos com os nossos pais biológicos.

Mas como pássamos 50% do nosso tempo na escola e apenas uns 20 ou 30% com os nossos pais...não são bons números.

Contas feitas; A humanidade está perdida.


domingo, 19 de junho de 2011

Estados Unidos, lamento...

Sempre fui um admirador dos Estados Unidos...
Não sei, têm os seus defeitos, são um bocado convencidos, um bocado geograficamente ignorantes...mas contas feitas e são mesmo um dos melhores países do mundo. A meu ver, claro.

Mas ha uma coisa... ha uma coisa que me incomoda nos Estados Unidos acima de qualquer outra:
O maldito sistema de medidas.

Então não é que aqueles barrões (que nem para eles são bons!), se recusam a usar o sistema métrico??

Como sabem, no sistema métrico que nós, os espertos, usamos, 1 Quilómetro são 1000 metros, 1 metro sao 1000 milímetros (ou 100 centímetros...) e por aí fora, o que permite a uma criança de 9 anos calcular e dizer sem esforço parvoíces como "o meu pai tem 0,00175 quilómetros de altura!!". O mesmo se aplica a pesos, a volumes, etc... é matemático, é décimal, é FÁCIL!

Os Americanos não... os americanos medem distancias em "feets" (pés), em "yards" (jardas) e em miles (milhas). Quer dizer, estas são as principais...

Bom, mas acham que 1 mile são 100 yards? Ou que 10 feet são 1 yard ou assim? Nada disso... São coisas que não têm nada a ver umas com as outras...ou terão? Heis a explicação que encontrei na net:

"a mile which is 5280 feet (8 * 10 * 22 * 3; based on the calculation that a mile is 8 furlongs, 10 chains to a furlong, 22 yards to a chain, 3 feet to a yard). "

Ou seja, é muito simples!
Uma milha são 5280 pés, um número redondo e fácil de usar em cálculos mentais;
Uma milha são também 8 Furlongs. O que é um Furlong? É o sobrenome do artista que inventou esta medida.
Um furlong é também do tamanho de 10 Chains. Toda a gente está a acompanhar o raciocínio? Uma corrente segundo os americanos tem exactamente 0,0125 de milha, ou se preferirem 1/80.
Temos ainda a informação que 22 jardas compôem uma corrente... e finalmente que 3 pés fazem uma jarda.

Ora temos, com toda a simplicidade, que 1 milha = 3 * 22 * 10 * 8 = 5280 pés

E é isto o auto-intitulado "Melhor País do Mundo".

Mas não é tudo... para medir pesos leves eles usam o "grain", que é o peso de um grão de trigo ou lá o que é... para pesos maiores usam o "pound", que pela lógica das milhas deve ser qualquer coisa equivalennte a 1260 "grãos", ou seja:

1 Pound deve ser equivalente a 5 melões maduros;
1 melão maduro são 7 pargos de alto mar
1 Pargo são aproximadamente 12 placenta de burra velha
1 Placenta são exactamente 3 "grãos".

Não me admirava que fosse uma coisa assim...

Só para acabar este bocadinho cultural, acrescento que os Ingleses, tal como os Americanos, também gostam de complicar muitas das medidas. Mas o cúmulo é que mesmo as medidas que têm em comum, na prática são diferentes!
1 Gallon americado = 277.4194 cubic inches
1 Gallon inglês = 231 cubic inches

E pergunta-se o que são inches? São 2,51 centímetros, e parece que é a medida da falangeta do polegar. Ou a falange, ou é o dedo todo, sei lá! Já nem estou para ir procurar.

Eles são doidos.. são doidos.

Por Guerra, o Corrécio.

domingo, 12 de junho de 2011

Distinguir o bem do mal

Sem comentários...




Sem comentários? Os tomates!
Vou comentar, E BEM!

Então, no primeiro filme temos algo que é...sei lá, poesia para homens?
Temos uma coisa que centenas de milhares de pessoas se cegam a ver; Que quase se deixam atropelar para sentir os roncos daqueles motores e os gritos daqueles turbos a vibrar mais forte dentro do peito; Que acordam ás 4 da manha para ir pó cu de judas, debaixo de sol esturrante ou à chuva, a respirar pó ou a nadar em lama, só para conseguirem um lugar para ver passar estes artistas montados nestes monstros de pura tecnologia e força...

No segundo filme temos o quê?
Perdoem-me a franqueza... eu nem 100 metros corro sem vomitar 1 pulmão, mas ainda assim acho-me mais "cool" que um "atleta". Especialmente um atleta da marcha!

Quem no seu perfeito juízo escolhe "a marcha" como desporto??
Epa... ao menos que corressem à homem!...Agora andar ali... a andar!?
E se aquilo ao menos fizesse crescer os músculos e fosse uma maneira de estar em forma e tal, mas não! Aqueles tipos parecem drogados! Magrinhos e pálidos, com óculos foleiros e ar esquisito!

"Ah, mas achas que é fácil "andar" não sei quantos quilómetros...?"

Sem dúvida que é difícil... mas também era difícil saltar ao "pé-coxinho" com 2 melancias debaixo de 1 braço e assobiar o hino nacional ao mesmo tempo e não era por isso que ia respeitar essa pessoa e muito menos perder o meu tempo a olhar para ela.

Eu acho que nem eles se levam a sério! Reparem bem no filme... aquilo é partida que se apresente?
"Ora temos aqui o Zé Manel da Colombia, o Cesar do Brasil... ta aqui um dia de sol e *POUM!* PARTIDA!"
E se repararem bem, (0:37) estão uns a olhar para o relógio, outros com as mãos nos bolsos, uns quase 1 metro à frente dos outros... qué esta merda?!
Parece o campeonado de chinquilho regional, da divisão F, feminino, pós-laboral!

É que esta gente pá... se não faz isto pelo corpo musculado...se não faz isto pelo dinheiro... se não faz isto por ser divertido (porque NÃO é divertido cansarmos-nos a 8km/h...nem para a minha bisavó, que até no carro funerário fez uma média superior a isso)...então porque fazem?

Ah sim...pelos fãs!
Os milhares e milhares de fãs, que aplaudem e gritam coisas tão variadas como:
"Vai filho!"
"Vamos Cesar!"
"Estou contigo amor, coragem!!"
"Segura firme Cesar! Estás só a 20 centímetros do gajo da frente! Tu consegues!"

É que o público desta gente é a mãe, o pai, a namorada, o irmão (que vai, mas contrariado) e um amigo ou dois que aproveitam a oportunidade para virar umas jolas e ver as jogadoras de volleyball que estão a treinar no meio do estádio enquanto estes 6 ou 7 tontinhos andam a arrastar-se à volta do relvado...

Qual é a emoção de ver isto?
É o resultado final?
Jaquim em 1º, Manel em 2º, Josefino em 3º....? Não me acelera o coração...

São as ultrapassagens?
Uau, ias 5centímetros atrás desse fulano e agora vais 5 centímetros á frente... o céu é o limite!

É a técnica?
Pah...ou fazes aquilo bem e és um parolo, ou fazes aquilo mal e és um parolo desqualificado. Bravo.

Em suma:
Entre isto o ciclismo, ao menos no ciclismo existe a hipótese de alguém caír e aleijar-se, o que já me dá alento suficiente para assistir durante 5minutos, quando vão todos à molhada numa descida.

Por Guerra, o Corrécio.





sexta-feira, 10 de junho de 2011

Trauma de infância

Ontem em animada conversa relembrei (infelizmente para ti, meu estimado leitor) um assunto que estava agrilhoado e recalcado nas profundezas do meu cérebro.

O meu 2º maior trauma de infância!

Ora, eu nasci em 1986, e vivi relativamente feliz, a ir para a cama ao som do primeiro Vitinho a cores que passou na televisão. Este:


Por mais retrógrado que pareça, aos nossos olhos já habituados aos HDs e 3Ds da vida, este pequeno clip (que até inclui cowboys!) transmitia-me um certo sentimento de:
"Sim, são horas da caminha...o dia até foi bom, mas agora vou dormir porque amanha vou ser mais esperto e mais forte e vou poder brincar ainda melhor.."

A música é animada! É bonita!
Prometem que vamos acordar cedo de manha! Para brincar!
Vamos ser mais fortes e mais espertos!
Sonhos lindos!!


Mas certa noite, a minha abençoada estabilidade emocional foi arroaçada por um idiota qualquer da RTP que pensou:
"Olha, tenho um amigo compositor e outro ilustrador a precisar de um tacho, bora lá mudar a música do vitinho!"

E saiu esta aberração:


Segundo relatos, foi a vez que mais me esmonquei a chorar. Que raio de música era aquela??
E não só a música! Reparem em toda a simbologia...

O relógio toca e o vitinho tapa os ouvidos, como quem não quer que seja "aquela hora"

A planta do quadro murcha, com ar triste e confuso, como se estivesse envenenada

O robot com ar maléfico briga com um heroi qualquer

Por esta altura a musica diz: "Vai-se o mundo deitar e tu também"...quando me era óbvio que ás 21h30 eu era o único a ir para a cama...

Logo depois diz: "bla bla bla, nunca ter de dormir, e só brincar..." tudo isto acompanhado por uma espécie de coro de crianças angelicais (e note-se que para mim angelical não é propriamente uma coisa boa...)

Para mim, aquela musica era uma metáfora que comparava "O ir dormir" com a morte. MORTE!

Por esta altura da música, eu já devia estar tão enterrado na ideia de que se fosse para a cama ia morrer nessa noite, levado por anjos a cantar infernalmente coisas sobre abraçar a eternidade com naturalidade, que na minha memória a música dizia:

"E milhões de aventuras viver,
Com as estrelas no céu a morrer,
E à terra apenas voltar, se Deus quiser...
Quando a lua acordar...tu vais adooormeceeer"

Só agora na elaboração deste texto, com 25 anos, é que me apercebi que a música até não é assim tão má:

"E milhões de aventuras viver,
Com as estrelas no céu a CORRER,
E à Terra apenas voltar, se EU quiser"

Mas o que importa a realidade? O que importa é que quando mudaram a música do vitinho eu comecei a ter medo de ir para a cama!
Em vez de achar que eram "horas da caminha e que amanha há mais brincadeira", comecei a engolir em seco e a pensar:

"NÃO! Não são já horas de ir "dormir"! Eu ainda sou novo!
QUERO VIVER!! EU QUERO VIVER!!"

Por Guerra, O Corrécio