quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mentes Doentes...

Quanto mais aprendo a não gostar da humanidade (e não, não é por fazerem mal aos animaizinhos e á natureza e por fazerem a guerra e essas tretas todas) mais me apercebo que embora uma criança nasça pura, ainda antes de aprender a falar decentemente já está destinada a ser mais um humano sem ponta por onde se lhe pegue.

Cheguei a esta conclusão quando no outro dia uma amiga na brincadeira disse:
"-Come isso que faz-te bem! Se não comeres vou chamar o bixo papão e ele leva-te!"

E fez-se luz...
Ora, quando uma mãe diz isto a um filho (e note-se que o bixo papão pode ser o homem do saco, o velho, o monstro, o alien, etc...) como é que esse filho consegue viver em paz e seguir a sua vida como se nada fosse sem se questionar logicamente quanto a esta questão??
É que daquela ameaça irresponsável da mãe só se podem tirar 2 conclusões possíveis:

1ª - Se a Mãe quer realmente o bem do filho, e se aqueles bróculos ou espinafres são realmente bons para a sua saúde, então o Papão ou o velho do saco (que pelos vistos são cúmplices da Mãe) também querem o seu bem, logo a ameaça não passa de um bluff estúpido, e a criança pode usar o livre-arbítrio e comer ou não os vegetais... e arriscar-se a levar um pragmático tareão (sendo esta a 2ª abordagem mais comum, depois da ameaça do Papão falhar).

2ª - Se a Mãe se dá com este tipo de fauna... Papões que devoram crianças e velhos com sacos que fazem sabe deus o quê...e se ainda por cima estava disposta a chamá-los por um motivo tão trivial como meia dúzia de bróculos num prato... então que raio de Mãe é esta?? E será que esses vegetais são mesmo bons para mim?
"Ou como ou matas-me!? Não devíamos chegar a tanto por uma coisa que é para meu bem, nao é...?"

Então se as criancinhas ouvem estas ameaças e ignoram ou acabam mesmo por comer os vegetais, mas não se questionam quanto á maldade do Papão ou quanto ao papel benigno da Mãe, isto só pode significar que as suas mentes foram a partir desse impacto, desse turbilhão de medos e de inseguranças, formatadas para atingir um grau muito primitivo de lógica... A partir desse dia traumático, passaram a deixar que os seus medos ou a informação pre-estabelecida por "seres superiores" ditassem a sua vida, sobrepondo-se á razão e à lógica!

Isto meus senhores, é um dos motivos pelos quais sonho ser Náufrago. Não suporto a humanidade.
E agora um smileyzinho que é para dar ideia que não estou a falar mesmo a sério :)

Por Guerra, o corrécio.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Algumas Def'nições

Ensino:
Processo elaborado e contínuo através do qual pessoas instruídas ocupam a cabeça a jovens sonhadores com um misto de informações úteis e de critérios inutéis, estragando-lhes o raciocínio objectivo irremediavelmente para o resto da vida.

Sociedade Moderna:
Quando vista do espaço, a sociedade humana moderna é um vasto conjunto de micro-organismos da família dos fungos que cobre quase a totalidade do planeta. Analisada à lupa, trata-se de um conjunto de normas e de hábitos cujo único propósito é perpetuar a a existência dessa mesma comunidade de seres. Para o conseguir, a sociedade deve moldar o planeta de forma a torna-lo previsível, seguro e desinteressante.

Partido Político:
Forma de arte organizada em que indivíduos com poucas capacidades laborais se distinguem dos outros defendendo uma ideologia que lhes convém.
À semelhança de outro tipo de artes, o objectivo é defender uma ideologia que tenha aceitação pública, sem que para isso seja necessário qualquer tipo de convicção pessoal. É, aliás, desanconselhado pertencer a um partido política se se tiver algum tipo de convicção pessoal ou raciocínio próprio, uma vez que se torna demasiadamente óbvio que que jamais um único partido tem a melhor solução para todos os problemas.
Outros autores (eu mas mais bem disposto) referem que defender um partido político faz tanto sentido como o racismo ou o clubismo.

Constituição:
Documento redigido num papel há demasiado tempo por políticos mas que se faz crer que foi escrito por pessoas competentes e se mantém actualizado.

Por Guerra, o Corrécio